A atividade física é um fator importante no desenvolvimento neuro-cognitivo, psico-emocional e relacional da criança e adolescente.
Contudo, frequentemente as crianças com cardiopatia são impedidas de praticar atividade física, por receio de descompensação da doença de base. É por isso fundamental elaborar um aconselhamento personalizado em relação à prática de exercício físico.
Além disso, no rastreio da população saudável, a interpretação dos resultados é muitas vezes desafiante: não diagnóstico de condições associadas a risco aumentado de eventos fatais vs diagnóstico erróneo de patologia cardíaca em indivíduos saudáveis, conduzindo à desqualificação inapropriada da prática de desporto.
Tentando estreitar o hiato entre a teoria e a prática, é fundamental compreender as condicionantes subjacentes à prática regular e sistemática. Só assim conseguiremos construir equipas interdisciplinares que cooperam, no sentido de tornar a criança mais (melhor?) ativa. Nesta breve comunicação tentarei, após clarificação de alguns conceitos, dar algumas estratégias baseadas em casos práticos. E, acima de tudo, deixar inquietações e dúvidas que incutam reflexões futuras.
- Conceitos sobre o praticante.
- Identificação de risco de Exercício Patológico.
- Adição comportamental ao exercício, Síndrome de Overtraining e Síndrome de Overachieving não funcional.
- Outras áreas de atenção: Anorexia Nervosa e Ortorexia.
A asma afecta cerca de 8,4% da população pediátrica em Portugal, sendo que aproximadamente metade não tem a sua doença controlada. Estudos realizados sobre a relação da asma e o exercício na criança têm permitido melhorar o conhecimento sobre a complexidade desta interacção, existindo evidências de que níveis baixos de prática de exercício e o sedentarismo são factores de risco de asma.
Para além de aumentar a capacidade de exercício pelos reconhecidos benefícios cardiovasculares e metabólicos, a prática de actividade física na asma tem vindo a ser associada a um melhor controlo da asma, melhoria da qualidade de vida e da função respiratória. Apesar dos mecanismos fisiopatológicos envolvidos não estarem completamente clarificados, estes achados parecem dever-se ao efeito anti-inflamatório do exercício.
O exercício intenso pode desencadear broncoconstrição, denominada de broncoconstrição induzida pelo exercício (BIE), a qual ocorre maioritariamente nas crianças asmáticas, sobretudo se a doença não estiver controlada. Na prática clínica é importante reconhecer a presença desta entidade pois a limitação percepcionada pode conduzir à evicção da actividade física por medo de desenvolver uma crise.
No decurso da apresentação irão ser revistas as definições, os números da asma e exercício nas crianças e adolescentes em Portugal, o impacto do exercício na asma e as características clínicas da broncoconstrição induzida pelo exercício, investigação diagnóstica e seu diagnóstico diferencial e terapêutica.
Por fim, é de salientar que a abordagem clínica correcta e individualizada permite introduzir a prática regular de exercício e desporto de um modo seguro, sendo possível alcançar um desempenho normal, sem limitações, nas crianças e adolescentes com asma!
A comunicação resume os efeitos que o exercício tem sobre o controlo da diabetes e os cuidados a ter no controlo das glicémias durante a prática do exercício. Pretende mostrar também as últimas guidelines de orientação e as recomendações de actividade física nestes doentes. Aborda ainda a utilização das novas tecnologias como a monitorização da glicose e as bombas de insulina durante a prática.
powered by eventQualia